terça-feira, 31 de julho de 2012

O amor é difícil de parar...

Quando se encontra um grande amor
Por mais longe que esteja
O fruto disso chega com o sorriso no rosto
Com o coração apertado, com a saudade sem medidas.
A vontade de se ver é arrebetadora!
Se você quiser eu vou estar ai, ao seu lado
Eu quero, e em um só instante te imagino aqui
Como aquele fim de semana
Não foi um qualquer sábado e domingo
Foi o melhor sábado e domingo !
E com tudo isso eu te digo
Esse amor vai ser difícil de parar!

Matheus Ramos
01/08/2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Intimidade dos meus anéis



Meus anéis
Seu quarto
Seus poemas
Ou melhor
Nossos poemas
Nossos dilemas

E essa distância
Que é uma constante
No nosso relacionamento
De amantes inconseqüentes
Inerentes à dor
Ao sofrimento
Pois temos o amor

O amor que temos
E que fizemos acontecer
Diante de meus anéis
Dos seus painéis
Da minha mala
Da sua cama
Da nossa risada
Da sua guitarra
Enfim
Diante de nossas vidas
Que passaram a estar
INTIMAMENTE
Ligadas.


Nêmara Vianna                15/07/2012

sábado, 14 de julho de 2012


daqui há uns anos espero ler isso e constatar feliz enfim: que com o decorrer dos anos fiquei louca, me permiti tal deleite, depois de uma vida.
depois da minha vida. eu mereço isso, é o merecimento por tantas lágrimas escondidas por sorrisos, por tantas desistencias
por tanto entender e baixar a cabeça, aceitando a casualidade do destino. tantos sonhos não cumpridos, tantas falas reprimidas
tantas historias esquecidas e nenhum talento decente, a não ser explicar e descrever o que sente.
tanto amar, tanto acreditar, tanta inocencia na beleza da vida, na justiça, NAS PESSOAS. na mudança. tanta luta TANTA IMPOTÊNCIA
eu quero mais é ficar louca, me esquecer de mim mesma, do sofrimento, do amor que parece mais doer do que sossegar.
da minha alma que só quer ser livre e tem a infelicidade de ficar, de necessitar do corpo, do mar que sempre fica tao longe
da minha insaciedade pela natureza. eu quero ficar louca, pois se não posso ter tudo isso não quero ter nada, nem a lembrança, 
muito menos o sentimento de vazio, de não possuir. eu quero esquecer das coisas que não conquistei,
da saudade que sempre me maltratou, de tanta espera, DE TANTO SENTIMENTO NÃO ACEITO.
eu quero esquecer dessa sociedade que não aceita a si mesmo, que se magoa, 
eu quero, eu quero tudo, e nao aceito menos. se não tiver, não quero outra coisa se não ficar louca
esquecer do meu proprio nome, rir dentro do meu próprio vazio, rir diante do nada, so rir no silencio
e morrer sem ter que pagar a conta
eu nunca vou achar que estou livre o suficiente. esse é o meu pior pesadelo

raissa

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A vocês, los guerdos

(Soneto do amigo - Vinicius de Moraes)


Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
 É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
 Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
 O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

quinta-feira, 12 de julho de 2012

isso não é um poema, a poesia se resume a 3 perfeitos anos
que passaram voando, mas que não fez passar minha saudade
e meu eterno amor.
musicas, houveram muitas, mas essa me marcou e marca até hoje, quase dois anos depois
quem é de fora nunca entendeu, só nos entendemos o que aconteceu.
unidade na diversidade. e quando ficar velhinha só vou lamentar as lembranças que perdi.
mas vou sorrir de felicidade por saber que fui muito feliz, grandemente feliz.
terceiro G- turma 2008- ETECAP. ♥


http://www.youtube.com/watch?v=5yJB6qyxxZk&feature=related


terça-feira, 10 de julho de 2012

mon amour

Já sinto falta de teus abraços
Quero de volta seus amassos
Sentir o teu calor...
Não fui capaz de dizer aquilo que precisava
Coragem faltou
Mas menina, meu peito explodiu ao ouvir:

je t'aime, mon amour

Só meu peito sabe como ele fico

Quase que não me aguento do coração

Menina, o que eu quero falar pra você 

É que eu je t'aime, mon amour


segunda-feira, 9 de julho de 2012

parada na porta da cozinha. olhando para o longo e inclinado quintal dos fundos. esperando vê-lo sair voltando da escuridão. querendo gritá-lo de volta- sim, mais do que nunca-, mas segurando com teimosia seu nome atrás dos lábios. esperou por ele a noite inteira. esperaria um pouco mais.
mas só um pouco.
está começando a ficar tão assustada.

Lisey's story, Stephen King

sexta-feira, 6 de julho de 2012


é sexta-feira, e o role de hoje é ficar 2horas dentro de um carro com seus pais, gritando -Leonaaaaa,  num bairro que as famosas más linguas nunca disseram bem.
se for preciso eu passo o resto das minhas ferias fazendo isso.
não é que seja entendiante -Le-ooooonaaaaa, ou frio, ou até mesmo cansativo, é algo mais parecido com desesperador.
é desesperador nao ver mais os cartazes que havia colado ontem de manha. -o que sua intuiçao diz, Raissa?
Nada. como disse, desesperador.
meia hora depois e 10 ruas visitadas.
eu chamo o nome dela e fico esperando o miado. repriso o som na minha cabeça, tentando reconhecer, escutar algo semelhante. nem um pio
é estranho, não é algo que se acostuma facil, voce concordaria comigo; depois de dois anos, só chamando uma vez, ou duas, caso ela estivesse no telhado
-Leonaaaa psiuuuu, Re gritando para o nada- é muito, muito estranho, estar num bairro... estranho, chamando por ela, sem resposta, de vez em quando eu tenho que me lembrar o porque estamos fazendo aquilo. 
lembrar geralmente tráz lagrimas. -Leonaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Leonaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!
-assim vão achar que somos loucos, resmunga meu velho no volante.
-azar o deles, retruca minha mãe, Leonaaaaaa
eu olho pra minha constelação preferida, pedindo pra que ela apareça: desejo negado até o momento.
eu só queria que ela soubesse que nós estamos atras dela, que é pra ela ficar la, de orelha em pé, que nos estamos -Le-ooooonaaaaa- gritando o nominho dela.
a gente passou por alguns gatos, minha mãe até perguntou para um deles se ele tinha visto uma preta por ai, mas ele não quis papo, ela não entendeu o porque
a gente passava por eles e eu não me assustava, sabia desde sempre que não era ela, não é frieza não reagir a uma possibilidade, eu só não gosto de me iludir mesmo.
to lembrando dela descendo as escadas, eu nunca vou conseguir ditar o barulho que ela faz, era unico, esta gravado na minha cabeça, nada parecido naquele bairro com cheio de fumaça de -Leonaaaaaaaa psssssss Leonaaaa- pneu queimado
-eu não to gostando da sua tosse, mocinha, reclama minha mãe. nao respondo, nao grito mais, nao chamo, nao pergunto, nao rio.
nao rio faz um tempinho, nao é por respeito, é falta de clima mesmo. até quando passamos pela quinta vez em frente a missa e a minha espetacular mae, que conversa com gatos, que grita em diferentes tons Leonaaaaaa LeonaaaaLeonaaaaaaaaaaaaaa, pede carinhosamente para o padre fazer um milagre e fazer a gata safada aparecer:
-o seu padre faz um milagre pra ela aparecer. eu teria rido, mas faltou climax.
entao meu pai ficou de saco cheio e começou a brigar comigo, eu gritei, marcia pediu paz, demos mais umas voltas e fomos embora sem dizer adeus.
sem dizer mais nada ate eles entrarem no assunto seguro do carro. eu nao fiquei chateada, eu fiquei puta, mas por dentro. silencio, um otimo amigo.
comecei a achar que a cada dia nos desaprendemos sobre o que é realmente importante, estou começando a achar que quem mais acredita na vida, mais é cobrado por ela, só por acreditar que ela pode ser bonita. 
e voce, que esta lendo, nao é so um animal domestico peludo. é sobre o ser que pula/pulava da cama todo dia as 6h pra ir miar na orelha do meu pai
dizendo que ja esta na hora dele acordar, e que ela nao ve a hora de ganhar um pedaço de margarina com torrada. é sobre o bixo que voltava pra cama logo depois
e so acordava quando eu acordava, com fome, claro, e que me seguia ate no banheiro, que me via lavar a louça com cara de tedio, e que so saia pra baderna depois que eu saia
e que de noite, ficava no pe do velho ate ele cansar do sofa e ir para a cama, e de la ia para minha cama roubar calor e espaço, era o meu sonifero, e a minha maior compainha.
era nossa, fazia parte da gente. eu nao sei o que é isso, pode ser uma carta, so nao é uma carta de despedida, por favor que não seja. é ruim ver que a vida segue sem ela, que a vida
nao ta esperando ela voltar, é ruim saber que eu tenho que seguir em frente com a vida.
volta pra casa, por favor. a vida nao é justa ai fora, me disseram. mas pode ser mais quente, aqui dentro. Leonaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

domingo, 1 de julho de 2012


meu pai, quando eu era criança -não me lembro a idade- quando foi pintar a janela do banheiro deixou alguns repingos no vidro
e nunca fez questão de limpar. não sei se demorei para percebe-los, mas depois de ve-los nunca mais tomei banho sem olhar para
a feiticeira voando na vassoura com seu manto poido no canto superior esquerdo, e no cavaleiro que luta contra a fera, em baixo a direita, 
ambos minusculas imagens de respingos no vidro do banheiro. Havia outras manchas, mas a elas nunca dei importancia ou tentei atribuir-lhes formas e significados.
uma bruxa e um cavaleiro ja bastavam para a minha imaginação. Sim, os anos passaram e eles continuam ali, intactos na sua ação. E creio que apenas eu os percebi, 
papai e mamãe nao sabem que quando tomam banho são vigiados pela feiticeira e salvos pelo cavaleiro.
E hoje, quando eu venho de tão longe para tomar banho no meu antigo e querido banheiro. Hoje, longe daquilo que chamam lar, e perto daquilo que chamam 
vida adulta, eu venho, entro no box, e antes de ligar o chuveiro, ao fechar a janela, eu ainda os vejo la, o cavaleiro não se cansa da luta, e a feiticeira segue voando, as vezes tranquila, as vezes cheia de maldade.
e eu sigo minha vida, feliz por ainda fazer parte, por ainda ser parte daqui. Em casa. E quanto aos outros respingos? até hoje não parecem com nada, nem lembram ninguém.. até pensei em limpa-los, mas desisti, vai que um dia eles se descubram na sua própria historia, arte abstrata, ouvi dizer que anda na moda...


raissa leal