domingo, 9 de dezembro de 2012


algumas observações 
sobre a falta que você faz,
só as encontrei agora,
e só agora posso percebe-las.

acontece no primeiro despertar do último sonho.
você esta lá e então você acorda.
abre os olhos,
e então vem.
então você é atingido por tudo isso
talvez você consiga sentir com essas palavras
a falta que faz.
é um imenso mar de solidão
é o engasgo na garganta
que te impele a gritar ou apenas sussurrar
é um grande composto de apenas vazio
são espaços preenchidos por nada
é acordar e não se sentir palpável
é ficar de olho fechado esperando alguém
mesmo sabendo  que não haverá som algum,
gesto algum.
você abre os olhos, já sabendo que esta sozinho
e então fecha-os novamente
contando com alguma mágica ou prece
para que algo aconteça.
mas não acontece, todos os dias
todas as manhas
você torce para que a beleza da vida
te presenteie naquele momento
e todas as manhas de todos os dias
você acaba levantando
para tentar esquecer o que não veio
o que não apareceu.
e o que nunca mais voltará.

Raissa Leal

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Não quero entender nada da vida

Debaixo do meu próprio teto
vivo o obscuro
vivo o submundo
é quase um viva à hipocrisia
não da pra entender
pensando melhor...
é melhor não entender
não entender nada da vida
quero vive-la com amor
sem o mínimo de dor

Matheus Ramos

quarta-feira, 24 de outubro de 2012


sai para ver a noite aos meus pés,
ver como ela brilhava de acordo com as luzes da cidade
ver como ela parecia viva, 
apesar da solidez morbida do cimento, por qual era composta
percebi o quanto ela me lembrava você
o quanto ela parecia estar tão perto 
e ao mesmo tempo inalcançavel
do jeito que de perto ela se deixava morta,
mas que de longe brilhava! 
brilhava com as cores que nunca pareciam terminar,
nunca ter fim.

a cidade respirava.
eu torcia para que você respirasse por mais um dia
você dizia que não valia a pena  porque 
apenas de longe é que parecia bonita
e eu te lembrava que na verdade são seus olhos
que não conseguem alcançar tamanha imensidão de luz.
eram apenas teus olhos que viam e faziam tudo ser preto.
vida disfarçada de cimento.

raissa leal

domingo, 23 de setembro de 2012

algumas primeiras impressões de dois anonimos que nunca se viram.

leoa, morena suave
que voz soará pela sua pele lisa?
palavras, letras e fontes não soam nunca.
só soa saudade, e a saudade nunca consegue ser.

a essência não é perto dum corpo
passa-se os dedos, sente-se: isso é?
sibila a dor, o vazio; o dedo sente o sexo
mas não, isso tudo ainda não é nada.


Ramiro Rodrigues.

--


tinha cara de um conhecido, 
mas um conhecido metamórfico.

tinha um cabelo conhecido,
um cabelo conhecido de vários amigos
e barba barbixa também

tinha jeito de quem ri por simpatia
de quem fica quieto, mas continua ali.
olhando

e tem jeito de quem não liga
não se importa, não implica
não que tenha uma vida dificil
a ponto de descabelar os cabelos
ja descabelados

mas tem jeito de que ja que é assim pra ser
então vamos ser tranquilo
vamos andar tranquilo, falar tranquilo
sorrir tranquilo.

a vida que se ocupe com todo o resto.


Raissa Leal

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Viajantes

Foi numa estação de trem que eu descobri o quão ruim é se despedir, esse adeus com a certeza que em pouco tempo irá vê-la, aquele seu gosto ainda está em meus lábios.
Duas noite em máximo silêncio para cada um sentir o sexo do outro, duas noites de pura respiração para cada um notar o prazer do outro, duas noites para descobrir, ou tentar, mostrar o amor um pelo outro, por isso descobri que te amo da melhor forma possível, com a saudade logo após um adeus.
Agora aqui estou eu  sentado num chão sujo, escutando uma banda de barbados, pensando em cada segundo com você e precisando do seu coração.O que eu não consigo entender é porque só agora que eu consegui chorar, é muita covardia de um homem não conseguir chorar na frente de quem ele ama, e você, eu amo.
Já to pensando como vai ser o próximo encontro, imagino te observando de longe com um sorriso no rosto... me esperando, imagino nossa próxima noite juntos, cheia de suor e calor e depois de tudo te abraçar mais uma vez e te encher de beijos. Não consigo parar toda essa imaginação, todo esse turbilhão de pensamento não fez pausa que eu só posso descrever em amor, a vontade de querer compartilhar tudo da minha vida com você.
Ainda vejo uma distância muito grande entre nós, mas ela não é emocional, é simplismente territorial. Sei que seu coração está junto ao meu, da mesma maneira que o seu está junto com o meu. Vamos ser mais um casal de viajantes, correndo pra se ver, se amar e voar.

Matheus Ramos
11/09/2012

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

só conseguia olhar até a pracinha, quando o verde acabava, e o muro concretizado surgia, eu ligeiramente virava meus olhos, ligeiro, para que ninguém no ônibus percebesse, como se eles se importassem. 
mas para eu importava, importava disfarçadamente não olhar para a construção, como se não houvesse nenhum vínculo entre aquele lugar e eu. e meu passado.
não precisava olhar para saber que toda a estrutura havia mudado, muros ficando maiores, com cerca elétricas em cima, cores mortas de tintas baratas pintaram as novas grades, eu conseguia até imaginar os cadeados que as lacravam, transformando o mundo aqui fora uma realidade paralela, algo perigoso e proibido, como uma maça vermelha, e la dentro, nada, exceto pessoas, pequenas, crianças, estranhamente denominados alunos da escola estadual Julio de mesquita Pai! - por Deus, existia o filho também- aos meus olhos, prisioneiros. reclusos. vitimas de sua própria sociedade, sentenciados a uma vida melh

or. . . lá não se aprende a ser feliz, e amar é proibido também, e também é proibido correr, pois o certo lá é aprender sentado, estático. parado. só te resta revoltar-se perante seus parceiros, extravasar todas as regras enfiadas em suas cabeças, -através de processos mecânicos, nova tecnologia- secretamente, eu torço para o dia em que eles juntem suas revoltas e se virem contra seus dominantes, mas apenas secretamente eu torço, pois alguém aqui pode ouvir.
e é assim que eu vejo, aquele monumento doente, mas forte. é assim que eu,- fugitiva daquele lugar, desertora primária, mais uma revoltada- quando passo de ônibus, voltando para minha casa, na minha cidade amada, viro discretamente o rosto. não com vergonha, mas sim com medo, medo da força que aquilo está alcançando.





raissa leal

domingo, 2 de setembro de 2012

me vejo cada vez mais parecida, 
vendo o mundo como você vê,
pensando como você,
agindo e falando como tal.
os outros que julguem ser isso uma coisa boa ou não.


raissa leal

segunda-feira, 27 de agosto de 2012


a mente da o que o coração deseja através da mentira de um sonho.

é por isso que muitos acabam se perdendo dentro de si mesmos,
preferem navegar no subconsciente do que morar na realidade.

mas eles nunca chegam a navegar, apenas ficam olhando, 
pela areia da praia assistindo as fantasias que as ondas trazem
esperando a hora de embarcar.

e mesmo assim é mais agradável,
mais agradável do que viver aqui fora,

mais agradável do que acordar
e querer dormir de novo 
para viver aquilo que nunca se concretizará.

raissa leal

sexta-feira, 17 de agosto de 2012


e de tarde, quando meu corpo não consegue mais permanecer inconsciente e meus olhos se forçam a abrir.
eu respiro num lugar onde a certeza já não esta mais presente
eu me sinto tão sozinha, la fora escuto vozes, mas aqui dentro é só vazio.
me peguei me perdendo, me distanciando de mim mesma, voltei e me guardei
num lugar seguro. não é aqui
e mesmo quando eu parto, quando eu perco minha razão, para explorar outros mundos, para esquecer de tudo, 
ou do nada que é, quando eu nao penso em aqui ou lá, quando o ultimo pensamento morre, se esquece. 
nada disso tudo se da por completo, pois dentro de mim, dentro da matéria que eu ainda não consigo me libertar
 existe um farol, o lugar onde me guardei, e neste farol há uma ancora que não me deixa partir, 
não me deixa esquecer por completo onde é que é realmente meu lugar. posso velejar mares e oceanos da minha imaginação, 
da minha mente, sempre haverá uma corda presa a ancora, o farol sempre estara ligado, me fazendo olhar para trás. 
e quando os efeitos passam, quando o meu navio para de funcionar, eu me vejo exatamente parada de volta, a poucos metros da ancora.
e de tarde, quando meu corpo não consegue mais permanecer inconsciente e meus olhos se forçam a abrir, vejo que ainda estou presa a corda, mas o farol brilha de longe.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Desabafo.

To cansado de fazer aquela auto análise, to cansado de tentar ver se eu fui grosso de verdade, to cansado de perguntar para os outros se eu pareço com ele mesmo. Eu quero acreditar que não. Todos os dias eu lembro que eu não sou igual a ele, meu pai.
Sei que não sou a pessoa mais doce do mundo, que tenho meus momentos de irritação e de fato grosseria, mas sei também que sou eu que tento todas as manhãs ser o mais simpático possível, dar o sorriso mais sincero e tornar o dia de vocês mais alegre. Também sei, que quando as duas estão chateadas, estressadas ou irritadas com alguma coisa, sou eu que abro todo o meu ouvido e coração e escuto com maior prazer e até quando me contam algo novo e não tenho muita paciência, tento ser o mais entusiasmado possível.
O problema é quando eu preciso de tudo isso, de um simples sorriso de manhã, um bom dia animado, me escutar quando eu quero contar coisas do meu dia, vocês sabem... sou esquecido, eufórico, inconstante e necessito de atenção! Acho que essa última é pra mim, a pior de todas, é por isso que eu faço tanta graça, to sempre tentando alegrar vocês, é porque eu preciso de atenção, e de VOCÊS! Sempre que preciso disso, conseguem me tratar do pior jeito possível, oras, eu também tenho sonhos, vontades, novidades.
Amo incondicionalmente vocês, mas tenho que contar que as duas tem passado do limite quando o assunto é grosseria, impaciência e "formação de quadrilha", todo mundo tem um ponto em que consegue irritar de uma forma muito grande, mas entre nós cada um tem abusado desse ponto, peço de verdade para pararem de me comparar com meu pai, aquele homem não tem um pingo de amor vocês da maneira que eu tenho, quando isso é dito eu fico horas pensando, choro, entro em paranoia, porque eu NÃO sou como ele!
Mãe : Pessoas mudam, amadurecem, criam perspectivas para a sua vida,e a minha é muito diferente do que você está acostumada a ver por aí, eu como jovem e estudante, criei pontos de vista, ideais e vontades para um mundo novo, é assim que um sonho novo começa, a partir do jovem. Quero que você entenda que eu sou diferente daquela criança que você ainda conseguia pentear o cabelo à sua maneira, não sou mais aquele garoto que tinha medo de um homem dentro do ônibus, hoje eu já sou um homem, com sonhos e e perspectivas que na maioria das vezes não te agrada, mas isso você já deveria saber, porque como diz desde criança já batia de frente, e que hoje se tornou o "subversivo" na frente de uma escola nas mãos de um policial de confiança sua! Vou daqui um tempo sair da nossa casa, viajar pelo mundo e conhecer pessoas de todos os tipos, culturas de todos os tipos, provavelmente vou continuar sendo o "subversivo", vou continuar indo pra rua lutando por alguma coisa. Não vou conseguir me adaptar a tudo isso que nós vivemos facilmente, eu quero mais, com certeza a gente pode mais!
As vezes sinto que você não me da abertura para me escutar e entender o que passa dentro da minha cabeça, que por sinal é muito, acho que é medo de saber que eu não sou quem você sempre sonhou. Mas peço que me aceite!

Matheus Ramos

domingo, 5 de agosto de 2012

Repetidas

A saudade não se engana
Cresce como chama
Arde até que inflama
Bate que desanda.

Amor, vê se não me engana
To cheio de esperança
Que o fogo da saudade
Ta que cresce a chama!

Meu bem, vem e me desanda
Me leva pra sua cama
Cresce a minha chama
Cala essa saudade... insana


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

enquanto vocês ficam ai torcendo por uma novela, pedindo justiça ou vingança por uma historia ficticia, la fora a verdade corrupta acontece, enquanto pessoas são assassinadas a sangue frio, chacinas acontecem no meio da noite sem explicação, inocentes morrem na favela, enquanto politicos se juntam a milicia para manter seu governo corrupto, voces ficam ai, gritando vadia em frente a TV. é ano eleitoral e a realidade chega quase perto de uma guerra civil, onde o governo não nos escuta, não nos respeita, ao contrario, nos humilha e oprime aqueles que gritam a verdade, nem a nossa educação não é ouvida, nossos pedidos de mudanças são ignorados. perdemos completamente o sentido de democracia. O POVO PERDEU O DIREITO DE TER VOZ, DE PARTICIPAR, DE COMANDAR O NOSSO PAIS. NÃO ESTAMOS MAIS SENDO REPRESENTADOS E SIM DOMINADOS POR UMA MINORIA QUE NÓS ESCOLHEMOS. parabens Brasil, parabens povo reacionario que diz que somos exagerados. NÓS VAMOS CONTINUAR LUTANDO POR VOCÊS!
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terça-feira, 31 de julho de 2012

O amor é difícil de parar...

Quando se encontra um grande amor
Por mais longe que esteja
O fruto disso chega com o sorriso no rosto
Com o coração apertado, com a saudade sem medidas.
A vontade de se ver é arrebetadora!
Se você quiser eu vou estar ai, ao seu lado
Eu quero, e em um só instante te imagino aqui
Como aquele fim de semana
Não foi um qualquer sábado e domingo
Foi o melhor sábado e domingo !
E com tudo isso eu te digo
Esse amor vai ser difícil de parar!

Matheus Ramos
01/08/2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Intimidade dos meus anéis



Meus anéis
Seu quarto
Seus poemas
Ou melhor
Nossos poemas
Nossos dilemas

E essa distância
Que é uma constante
No nosso relacionamento
De amantes inconseqüentes
Inerentes à dor
Ao sofrimento
Pois temos o amor

O amor que temos
E que fizemos acontecer
Diante de meus anéis
Dos seus painéis
Da minha mala
Da sua cama
Da nossa risada
Da sua guitarra
Enfim
Diante de nossas vidas
Que passaram a estar
INTIMAMENTE
Ligadas.


Nêmara Vianna                15/07/2012

sábado, 14 de julho de 2012


daqui há uns anos espero ler isso e constatar feliz enfim: que com o decorrer dos anos fiquei louca, me permiti tal deleite, depois de uma vida.
depois da minha vida. eu mereço isso, é o merecimento por tantas lágrimas escondidas por sorrisos, por tantas desistencias
por tanto entender e baixar a cabeça, aceitando a casualidade do destino. tantos sonhos não cumpridos, tantas falas reprimidas
tantas historias esquecidas e nenhum talento decente, a não ser explicar e descrever o que sente.
tanto amar, tanto acreditar, tanta inocencia na beleza da vida, na justiça, NAS PESSOAS. na mudança. tanta luta TANTA IMPOTÊNCIA
eu quero mais é ficar louca, me esquecer de mim mesma, do sofrimento, do amor que parece mais doer do que sossegar.
da minha alma que só quer ser livre e tem a infelicidade de ficar, de necessitar do corpo, do mar que sempre fica tao longe
da minha insaciedade pela natureza. eu quero ficar louca, pois se não posso ter tudo isso não quero ter nada, nem a lembrança, 
muito menos o sentimento de vazio, de não possuir. eu quero esquecer das coisas que não conquistei,
da saudade que sempre me maltratou, de tanta espera, DE TANTO SENTIMENTO NÃO ACEITO.
eu quero esquecer dessa sociedade que não aceita a si mesmo, que se magoa, 
eu quero, eu quero tudo, e nao aceito menos. se não tiver, não quero outra coisa se não ficar louca
esquecer do meu proprio nome, rir dentro do meu próprio vazio, rir diante do nada, so rir no silencio
e morrer sem ter que pagar a conta
eu nunca vou achar que estou livre o suficiente. esse é o meu pior pesadelo

raissa

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A vocês, los guerdos

(Soneto do amigo - Vinicius de Moraes)


Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
 É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
 Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
 O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

quinta-feira, 12 de julho de 2012

isso não é um poema, a poesia se resume a 3 perfeitos anos
que passaram voando, mas que não fez passar minha saudade
e meu eterno amor.
musicas, houveram muitas, mas essa me marcou e marca até hoje, quase dois anos depois
quem é de fora nunca entendeu, só nos entendemos o que aconteceu.
unidade na diversidade. e quando ficar velhinha só vou lamentar as lembranças que perdi.
mas vou sorrir de felicidade por saber que fui muito feliz, grandemente feliz.
terceiro G- turma 2008- ETECAP. ♥


http://www.youtube.com/watch?v=5yJB6qyxxZk&feature=related


terça-feira, 10 de julho de 2012

mon amour

Já sinto falta de teus abraços
Quero de volta seus amassos
Sentir o teu calor...
Não fui capaz de dizer aquilo que precisava
Coragem faltou
Mas menina, meu peito explodiu ao ouvir:

je t'aime, mon amour

Só meu peito sabe como ele fico

Quase que não me aguento do coração

Menina, o que eu quero falar pra você 

É que eu je t'aime, mon amour


segunda-feira, 9 de julho de 2012

parada na porta da cozinha. olhando para o longo e inclinado quintal dos fundos. esperando vê-lo sair voltando da escuridão. querendo gritá-lo de volta- sim, mais do que nunca-, mas segurando com teimosia seu nome atrás dos lábios. esperou por ele a noite inteira. esperaria um pouco mais.
mas só um pouco.
está começando a ficar tão assustada.

Lisey's story, Stephen King

sexta-feira, 6 de julho de 2012


é sexta-feira, e o role de hoje é ficar 2horas dentro de um carro com seus pais, gritando -Leonaaaaa,  num bairro que as famosas más linguas nunca disseram bem.
se for preciso eu passo o resto das minhas ferias fazendo isso.
não é que seja entendiante -Le-ooooonaaaaa, ou frio, ou até mesmo cansativo, é algo mais parecido com desesperador.
é desesperador nao ver mais os cartazes que havia colado ontem de manha. -o que sua intuiçao diz, Raissa?
Nada. como disse, desesperador.
meia hora depois e 10 ruas visitadas.
eu chamo o nome dela e fico esperando o miado. repriso o som na minha cabeça, tentando reconhecer, escutar algo semelhante. nem um pio
é estranho, não é algo que se acostuma facil, voce concordaria comigo; depois de dois anos, só chamando uma vez, ou duas, caso ela estivesse no telhado
-Leonaaaa psiuuuu, Re gritando para o nada- é muito, muito estranho, estar num bairro... estranho, chamando por ela, sem resposta, de vez em quando eu tenho que me lembrar o porque estamos fazendo aquilo. 
lembrar geralmente tráz lagrimas. -Leonaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Leonaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!
-assim vão achar que somos loucos, resmunga meu velho no volante.
-azar o deles, retruca minha mãe, Leonaaaaaa
eu olho pra minha constelação preferida, pedindo pra que ela apareça: desejo negado até o momento.
eu só queria que ela soubesse que nós estamos atras dela, que é pra ela ficar la, de orelha em pé, que nos estamos -Le-ooooonaaaaa- gritando o nominho dela.
a gente passou por alguns gatos, minha mãe até perguntou para um deles se ele tinha visto uma preta por ai, mas ele não quis papo, ela não entendeu o porque
a gente passava por eles e eu não me assustava, sabia desde sempre que não era ela, não é frieza não reagir a uma possibilidade, eu só não gosto de me iludir mesmo.
to lembrando dela descendo as escadas, eu nunca vou conseguir ditar o barulho que ela faz, era unico, esta gravado na minha cabeça, nada parecido naquele bairro com cheio de fumaça de -Leonaaaaaaaa psssssss Leonaaaa- pneu queimado
-eu não to gostando da sua tosse, mocinha, reclama minha mãe. nao respondo, nao grito mais, nao chamo, nao pergunto, nao rio.
nao rio faz um tempinho, nao é por respeito, é falta de clima mesmo. até quando passamos pela quinta vez em frente a missa e a minha espetacular mae, que conversa com gatos, que grita em diferentes tons Leonaaaaaa LeonaaaaLeonaaaaaaaaaaaaaa, pede carinhosamente para o padre fazer um milagre e fazer a gata safada aparecer:
-o seu padre faz um milagre pra ela aparecer. eu teria rido, mas faltou climax.
entao meu pai ficou de saco cheio e começou a brigar comigo, eu gritei, marcia pediu paz, demos mais umas voltas e fomos embora sem dizer adeus.
sem dizer mais nada ate eles entrarem no assunto seguro do carro. eu nao fiquei chateada, eu fiquei puta, mas por dentro. silencio, um otimo amigo.
comecei a achar que a cada dia nos desaprendemos sobre o que é realmente importante, estou começando a achar que quem mais acredita na vida, mais é cobrado por ela, só por acreditar que ela pode ser bonita. 
e voce, que esta lendo, nao é so um animal domestico peludo. é sobre o ser que pula/pulava da cama todo dia as 6h pra ir miar na orelha do meu pai
dizendo que ja esta na hora dele acordar, e que ela nao ve a hora de ganhar um pedaço de margarina com torrada. é sobre o bixo que voltava pra cama logo depois
e so acordava quando eu acordava, com fome, claro, e que me seguia ate no banheiro, que me via lavar a louça com cara de tedio, e que so saia pra baderna depois que eu saia
e que de noite, ficava no pe do velho ate ele cansar do sofa e ir para a cama, e de la ia para minha cama roubar calor e espaço, era o meu sonifero, e a minha maior compainha.
era nossa, fazia parte da gente. eu nao sei o que é isso, pode ser uma carta, so nao é uma carta de despedida, por favor que não seja. é ruim ver que a vida segue sem ela, que a vida
nao ta esperando ela voltar, é ruim saber que eu tenho que seguir em frente com a vida.
volta pra casa, por favor. a vida nao é justa ai fora, me disseram. mas pode ser mais quente, aqui dentro. Leonaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

domingo, 1 de julho de 2012


meu pai, quando eu era criança -não me lembro a idade- quando foi pintar a janela do banheiro deixou alguns repingos no vidro
e nunca fez questão de limpar. não sei se demorei para percebe-los, mas depois de ve-los nunca mais tomei banho sem olhar para
a feiticeira voando na vassoura com seu manto poido no canto superior esquerdo, e no cavaleiro que luta contra a fera, em baixo a direita, 
ambos minusculas imagens de respingos no vidro do banheiro. Havia outras manchas, mas a elas nunca dei importancia ou tentei atribuir-lhes formas e significados.
uma bruxa e um cavaleiro ja bastavam para a minha imaginação. Sim, os anos passaram e eles continuam ali, intactos na sua ação. E creio que apenas eu os percebi, 
papai e mamãe nao sabem que quando tomam banho são vigiados pela feiticeira e salvos pelo cavaleiro.
E hoje, quando eu venho de tão longe para tomar banho no meu antigo e querido banheiro. Hoje, longe daquilo que chamam lar, e perto daquilo que chamam 
vida adulta, eu venho, entro no box, e antes de ligar o chuveiro, ao fechar a janela, eu ainda os vejo la, o cavaleiro não se cansa da luta, e a feiticeira segue voando, as vezes tranquila, as vezes cheia de maldade.
e eu sigo minha vida, feliz por ainda fazer parte, por ainda ser parte daqui. Em casa. E quanto aos outros respingos? até hoje não parecem com nada, nem lembram ninguém.. até pensei em limpa-los, mas desisti, vai que um dia eles se descubram na sua própria historia, arte abstrata, ouvi dizer que anda na moda...


raissa leal

sexta-feira, 29 de junho de 2012


antes eu não acreditava no amor, depois descobri que me baseava em coisas erradas. a verdade não esta nas musicas pop's de hoje, o amor não faz bem, o amor não é uma chegada. É luta a cada dia, é sobrevivência, é uma eterna caminhada.
o amor não vem sozinho, vem dor, vem lágrima, mágoa. É voce ser a pessoa mais egoista do mundo e ter a maior caridade ao mesmo tempo,pois se for preciso você da tua vida para ele, mas não o troca ou divide por ninguém. 
eu vejo amor em quem conhece os piores defeitos do outro. eu vejo amor em quem continua amando-o mesmo assim, amar é enfrentar além dos nossos demônios, os dele também, porque quando o bixo pega você roda junto, amor é passar por tudo isso e não se cansar, não se abater, sorrir. amor é querer os demônios dele para si,
só para ter mais uma coisa em comum.
 é uma desgraça
eu amo e mesmo assim tenho que me lembrar a toda hora o que significa isso. não há certo nem errado. é ser voce, é torcer pra que o outro seja ele, e que tudo
dure. o amor so tem um medo: de não ser amor. se não for, ele acabara um dia. nada de final feliz. é triste
não to falando de experiencias, equilibrio ou pessoas. eu so estou falando sobre o sentimento. todo o resto vem para influenciar, moldar. ou atrapalhar.
não estou falando de 'valeu a pena enquanto durou'. isso são reações. eu quero falar é sobre a essencia. 
não vejo essencia quando ouço que ela SÓ me faz bem. 
amor é a coisa mais real que existe, é apenas o teu estado de espirito.
amar é escrever tudo isso, e não se cansar, não há como finalizar esse texto, é uma coisa infinita
amar é eu estar escrevendo tudo isso e não sentir o meu coração mais calmo. ele continua do mesmo jeito, as lágrimas continuam vindo do mesmo jeito. Só vai serenar quando ele disser que esta tudo bem com a gente, que eu já posso parar. 
enquanto isso, amor é...
amor é um par.
e amor não tem ponto final


como sempre, eu, sua, Raissa

domingo, 24 de junho de 2012

Vem aos ventos

Vem ao meu encontro
Que eu conto pra você
Sem explicação, tô bobo pra te ver
Bobo, todo tonto, apaixonado por você
É como um sonho... é botão de flor
Brota sem mais nem menos 
Vem me trazendo amor
Vem aos ventos 
Manso, devagar
O seu carinho aconchegar
O teu sorriso me entregar
O teu amor ? 
Esse sim quero ganhar!

terça-feira, 19 de junho de 2012

não tem como não falar de mim sem pensar em você, eu achei que eu tivesse moldado minha vida ao seu lado, mas agora, longe, percebo que foi a própria vida organizadora de nossos caminhos. talvez seja pelo tempo que passamos juntos,  talvez seja pelo sentimentos que exigimos um do outro, talvez pela distancia que nunca permitimos existir, mas que acabou chegando como tudo na vida, com hora e local marcado. os abraços trocaram de lugar com a distancia, as brincadeiras deram lugar a saudade e os sorrisos foram embora e a lágrimas vieram. mas as brigas continuaram, eu não sei porque, mas prefiro acreditar que é uma prova de que ainda nos importamos, nos machucamos com os erros um do outro. As coisas rotineiras mudam, o que é verdadeiro não. o verdadeiro cresce, ganha frutos. nós nunca iremos mudar a verdade que construímos, a rotina antiga morreu e deu lugar a outra que luta para sobreviver. mas isso se concerta com um 'mas eu te amo mesmo assim', sempre. tem outro agora, mas ele não tem seu lugar, nunca terá. ele me faz bem, mas ele não é você. e esse é o pior defeito e a melhor qualidade para mim. seu espaço ta esperando a vida arrumar nosso laço de novo, ele ta meio frouxo, mas a gente aperta, a gente cola, a gente joga esse fora e constrói outro se precisar. a nossa semente é infinita.


raissita! 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Tem arte, tem parte...
parte de que ?
de coração! 
e mais o que ?
tem mais o que você pode imaginar
pode ser que te faça voar
e tomara que nao te faça voltar
porque o mundo da arte é pra desconcertar
e te levar a qualquer lugar !

Não me aguento

Ai, se eu aguento
Não aguento ficar sem te conhecer
Quero ver de perto seu sorriso doce
Conhecer todos os seus detalhes
E dar beijos aos milhares
Ser interrompido aos olhares
E ganhar mais uns beijos, claro...em milhares
Me explica, como um sorriso doce
Pode me encantar tanto assim
Tenho que ter ele pra mim
É exagerei, mas me deixa sonhar
Sonha não da, brota
E esse brotou em meu coração

sexta-feira, 8 de junho de 2012


Um coração, é, aquele mesmo, utópico, é feito de pedaços. Pedaços do que? De tudo. É feito de pedaços, e cabe a nós juntarmos os pedaços, formá-lo e sorrirmos felizes. Ironicamente, há quem pense que quanto mais rápido juntar ou preencher tais espaços, mais rápido se alcança a felicidade.
As vezes costuma dar certo.
 Mas indo direto ao assunto, na parte que chega a mim, sinceramente? Eu sei lá o que eu penso a respeito de corações vermelhos e quebra-cabeças, as vezes eu acho que dou palpite sobre muitas coisas que desconheço. Eu apenas imagino que é assim e pronto, mas eu conheço meu coração, não o verdadeiro [eca], o utópico, eu lembro de cada pedaço que ele achou, gostou e juntou ou tentou enfiar desesperadamente em alguma lacuna.
Cada um devia saber do seu coração.
E falando de mim, eu costumo achar que sei o que se passa mais ou menos no interior de alguns. Digo alguns porque dizem que há varias pessoas por ai, mas eu não tenho certeza disso.
É UMA COISA QUE NÃO SE PODE EVITAR. É COMO TROMBAR EM ALGUÉM SEM QUERER.
VOCÊ OLHA E JÁ VE DE CARA, OU DE RELANCE OU PARA PRA OLHAR DE NOVO, APRECIAR. É uma coisa bonita de se ver, digo.
Eu vi seu coração, eu vi que uma parte minha era parecida com a sua, eu gostei do que eu vi, mas como eu disse alguns versos acima, eu muitas vezes imagino e dou palpite.
Intuição.
Mas que tem um pedaço meu que cabe certinho no seu aaaa.. 
As vezes eu dou um palpite e acerto.

 raissa.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Minha pequena


Seu sanfoneiro puxe o fole a noite inteira
Eu quero ouvir também o som do violão
Eu quero ver a morena na brincadeira
Dançando coco de roda, batendo palma de mão
Chega morena, vem minha pequena
Chega morena para o meio do salão
Dança morena pra lá e pra cá
O sanfoneiro ta tocando e vai ate o sol raiar
(Dominguinhos)

sexta-feira, 1 de junho de 2012

o mundo todo correndo, girando em torno de algo
e você ai, parado sem saber o que fazer

o dia nascendo e se pondo, a natureza acompanhando-o 
e você ai, fechado, sem saber para onde ir

as pessoas andando, gritando, as bombas explodindo e as balas atingindo
e você ai, parado sem saber o que dizer

e você, e você, e você, que só olha

e a morte chegando e levando todos os dias
e você ai parado, se deixando levar, só...

raissálvia !


bem no estilo poeta mal sucedido que procura num bar e num copo uma inspiração, eu procuro matar, esconder, acalmar esse turbilhão que me comove. Não é saudade, não é tristeza nem arrependimento, é um turbilhão de emoções novas, desconhecidas, nunca sentidas. são raízes que ao invés de aprisionar abraçam, acalentam, esquentam, são pássaros de diversas cores e formas cantando sua liberdade, são lágrimas e sorrisos, é como um céu, é tudo aquilo que eu não posso alcançar mas que já senti o gosto. Por fim, são dois mundos, que nunca irão se cruzar, porque ao mesmo tempo que fazem parte de mim não o fazem, ao mesmo tempo que me completam me fogem as mãos, me ignoram e me devoram, implorando para que eu não parta tão cedo, para que fique mais um pouco. Me comparando ao poeta que espera a inspiração, queria eu estar lá naquele boteco, naquele frio único, naquele lugar melancólico e vicioso, eu queria estar lá, me sentindo estagnada e entediada, estufada pela cerveja barata, me sentindo amada mas sem total certeza. Mas eu não estou, e esta tudo bem, porque ainda consigo sorrir aqui. E vice versa. campinas♥riopreto


raissálvia leal

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Repousar

Até brava, linda você fica
Com você brava, mais bobo eu fico
Com sua pele macia, me faz aquele carinho
Pra eu ficar alinhadinho com você
E poder repousar no seu coração

Não só repousar, quero sonhar com teu coração
Ter ele junto ao meu, transformando em um só
Pequena, para de fazer isso comigo...
Estou mais uma vez caindo por você!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Verso de despedida

eu não posso negar que te amo
não nego como afirmo, mas logo te digo
menina estou te tirando do meu coração
ele não pode viver assim não
então agora te tiro do meu peito
até acho que vai ser um mal feito
mas assim me aquieto
e me achego em um novo coração

domingo, 13 de maio de 2012

Arte viva

Frases dos arte vivanos lindos. VII Sarau Arte Viva!

ESPELHO, ESPELHO MEU, O QUE VEJO EU:

Eu, coisas que posso alcançar, mesmo tentando tocar.
Um mar de emoções, dúvidas e sentimentos.
O lindo bêlo.
A cor Natiruts.
Banhado num riso feroz.
Elldorado Dallas.
Feiura bonita.
Humildade de uma criança e simplicidade dos animais. Vivendo bem com aquilo que tenho.
Só vejo gente zica e muito dinheiro.
Dúvidas afogadas em um vazio.
Quando acordo, mais ou menos isso.
Barba.
O amor da vida do Bruno.
A nova ordem mundial.
Obladi Oblada.
O espelho me parte em dois.
Uma pessoa linda.
Vejo só futuro. Passado eu sempre esqueço e presente passou.
Um bigode que não deu certo.
E quando olho dentro dos meus olhos e vejo o que há de melhor em mim.
Nóis.
Uma identidade completa.
O oposto do eu. A mesma osmose do conhecido ao singular da linguagem corporal de um terceiro. O espelho é o próprio ser embutido no ego do seu outro eu.
O reflexo da alma.
Eu vejo a tristeza e a solidão feita humana, vejo a esperança de um futuro.
Vejo uma pessoa que conheço e desconheço, e mergulho em meu olhar em busca de uma luz.
Esperança.
Que susto.
Esperança de um mundo realmente melhor pra todos os seres viventes, um mundo realmente democrático e igual tratamento e respeito a humanos, animais e natureza. Mundo democrático.
Onde habito.
Agora preguiça, languidez, preguicez.
Garrafas jogadas no chão.
Experiências. Eterna insatisfação. Estrada. Mochila. O tempo não para cazuza? A vida não para. Eu não paro. Insatisfeita sou sempre na estrada. Sorriso? Já não sei mais... Mochila. Desfeitas. Feitas. Estou em busca do meu lar. Meu lar? Ela. Nuca, eu.
Tô com uma espinha no nariz.
Minha cara, que é só mais um espelho.
O único.
Será que sou realmente livre.
Eu.
Poesia.
A capa de uma essência complexa.
Muitas perguntas, algumas sem respostas.
A vida, uma canção, a saudade no coração.
Repressão.
A última pétala da última rosa.
Uma barba e vários outros eus.
Confusão!
Centelho. O coelho engenheiro. (I) realidade. Um mundo diferente e inexplicável.
Desesperado, sem ideia do que vai me ocorrer no dia.
Eu vejo Bob Marley.
Amadurecimento inevitável. O tempo passando e eu querendo para-lo. Mas ele não tem parada.
O essencial é invisível aos olhos.
Conectividade com o passado, sem pretensões para o futuro, mais sonhos que flutuam em balões (de pensamentos).
A construção social em pedaços.
Barba.
Vejo as coisas do outro lado.
Eu vejo a verdade que insisto esconder.
Dentes amarelos.
Onde quer que você esteja lá estará você.
Quando olho no espelho vejo o reflexo da vida que eu levo.
Um novo mundo.
Aparência.
A roupa da minha alma.
O inverso das coisas refletidas.
Vejo o que não posso ver olhando pra frente.
O outro lado das coisas.
Menos do que eu sou.
Esperança. Sonhos. Mistério.
A Hannah.
O futuro.
Desconcerto
As coisas que não existem são mais belas.
Mais um indivíduo preocupado em como vou aparecer na sociedade.
Alguém que ainda acredita...
Superego. Insegurança.
Uai babar branca.
Indecisão.
Bom dia.
Vazio.
Jesus.
Narcisismo.
Espelho, nesse espelho vejo o que não existo, pois as coisas já existentes eu vejo com meus olhos.
Eu vejo uma dimensão, cheia de sonhos, lugares e pessoas. Onde tudo é igual e a vida é infinita.
Alguém em busca e mostrar ao mundo paz, amor e alegria! Liberdade, harmonia e altruísmo!
Vejo os olhos que me enxergam.
As futilidades de um povo capitalista.
Me vejo melhor no espelho quando me olho no escuro.
Um cara nu.
Nada.
Um pecador perdoado e transformado pelo Criador.
Talvez a unimultiplicidade da dúvida, provida de um momento de incapacidade psicológica, maybe. Pode-se então, definir-se de um momento, ou em uma incapacidade? Tudo é válido quando se trata de um momento. O lustre do espelho, talvez mostre o obstáculo, ou talvez toda a indecência.
Princípio necessário. O percurso opcional. O destino? Nem sempre, o fim obrigatório. 
Vejo uma intensa busca que nunca termina.
O que eu vejo no espelho.
Alguém na tentativa de ver o que vem em seguida...
Um mistério. Alguém que eu conheço e alguém que ainda não conheço.
Uma face cansada ou uma alma exausta de amor, de olhar e de viver, uma alma que chora todos os dias e agoniza na tristeza da noite. Uma face que não aguenta mais a sociedade fraudulenta de um apaixonado sem leis.
Vejo a vida vivida com amor e sanidade.
Eu com 43 anos me vejo linda, maravilhosa e atraente.
Passado, presente, futuro.
Quando as ideias começam, se entrelaça a vontade se dissipa. Tento não pensar, respiro para não tropeçar. No espelho vejo minhas pupila e a alma se dilatar.
Vejo que cada coisa tem seu valor, sua imagem de traços e pontos positivos e negativos.
O lado oposto ao que estou olhando. Mas não vejo o que está atrás de mim.
Paradoxos. Me llama que eu vou.
...Eu não olho no espelho... Mas, se olho, vejo meu cabelo despenteado, com poucos fios brancos e volto a olhar para dentro.
A forma plana e simplificada de algo chato e inconstante.
Eu vejo luz.
Um narigão! (v:
Uma metamorfose ambulante.
Ainda não vejo nada.
Uma chance de mudar opiniões da sociedade com música.
Outro espelho.
Semelhança de Deus.
Um retrato em PB.
Vejo um buraco negro totalmente vazio.
Vida.
Sonhos.
O infinito.
O que ninguém sabe que tem por dentro.
Uma moldura esvaziando-se do caos, enchendo-se de sonhos.