sexta-feira, 1 de junho de 2012

bem no estilo poeta mal sucedido que procura num bar e num copo uma inspiração, eu procuro matar, esconder, acalmar esse turbilhão que me comove. Não é saudade, não é tristeza nem arrependimento, é um turbilhão de emoções novas, desconhecidas, nunca sentidas. são raízes que ao invés de aprisionar abraçam, acalentam, esquentam, são pássaros de diversas cores e formas cantando sua liberdade, são lágrimas e sorrisos, é como um céu, é tudo aquilo que eu não posso alcançar mas que já senti o gosto. Por fim, são dois mundos, que nunca irão se cruzar, porque ao mesmo tempo que fazem parte de mim não o fazem, ao mesmo tempo que me completam me fogem as mãos, me ignoram e me devoram, implorando para que eu não parta tão cedo, para que fique mais um pouco. Me comparando ao poeta que espera a inspiração, queria eu estar lá naquele boteco, naquele frio único, naquele lugar melancólico e vicioso, eu queria estar lá, me sentindo estagnada e entediada, estufada pela cerveja barata, me sentindo amada mas sem total certeza. Mas eu não estou, e esta tudo bem, porque ainda consigo sorrir aqui. E vice versa. campinas♥riopreto


raissálvia leal

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